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Petrobrás quer ‘devolver’ CO2, mas para isso precisa aprender a separá-lo.
Atividade também demanda novo impulso científico no Brasil.
Luciana Christante Da ‘Unesp Ciência’
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O G1 volta a publicar, com exclusividade, íntegra de reportagem da 3ª edição da revista “Unesp Ciência”, lançada nesta sexta-feira (6). Clique aqui para ter acesso ao conteúdo completo da edição.
Reservas de óleo e gás na Bacia de Santos (litoral paulista) ficam em profundidades que variam entre 4 e 7 quilômetros abaixo da superfície da água (Ilustração: Divulgação/Petrobrás)
Nas décadas de 1970 e 1980, era comum ouvir que o petróleo do mundo iria se esgotar por volta do ano 2000. O Pró-Álcool, por exemplo, que hoje coloca o país em posição de destaque na corrida mundial por biocombustíveis, foi fortemente motivado por essa premissa, hoje aparentemente equivocada. Quase dez anos depois do que seria o triste fim dos combustíveis fósseis, o “ouro negro” tem aparecido em toda parte. A descoberta de imensas reservas de óleo e gás na Bacia de Santos (litoral paulista), em profundidades que variam entre 4 e 7 quilômetros abaixo da superfície da água, o chamado pré-sal, é um exemplo disso. E o Brasil não está sozinho. Para provável desencanto dos que acompanham as discussões sobre aquecimento global e mudanças climáticas, pelo menos 200 novos campos foram descobertos só neste ano em diversos países, vários deles de grande porte e em águas profundas. Quem apostava no esgotamento das reservas de petróleo não contava com os avanços tecnológicos que viriam nas décadas seguintes. Naquela época, só mesmo quem tinha intimidade com o passado remoto da Terra poderia suspeitar de grandes quantidades de hidrocarbonetos (petróleo e gás) presas em rochas muito abaixo do leito marinho, à espera de meios adequados para sua detecção e extração. Eram os geólogos e geofísicos das companhias petrolíferas, que, por