Expansores Palatinos Fixos
A expansão ortodôntica dos arcos dentários pode ser definida como a correção das discrepâncias transversais caracterizadas pelas atresias maxilares e manifestadas clinicamente pelos diferentes tipos de mordidas cruzadas. As mordidas cruzadas são anomalias oclusais caracterizadas pela inversão dos dentes no sentido vestíbulolingual.
A mordida cruzada e a atresia maxilar podem ser causados por diversos fatores entre os quais podemos destacar: Problemas respiratórios, hábito de sucção de dedo, perda precoce ou a retenção prolongada de dentes decíduos.
Na biomecânica de expansão maxilar duas técnicas podem ser utilizadas, incluindo a expansão rápida ou a expansão lenta. O objetivo na expansão rápida é maximizar o movimento ortopédico e minimizar os movimentos ortodônticos das unidades dentárias, utilizando níveis de força intensos que promovem simultaneamente a abertura da sutura intermaxilar com subseqüentes alterações esqueléticas no sentido ântero-posterior e vertical. Na expansão lenta a força utilizada é mais leve, promovendo mais efeitos dentários do que esqueléticos. Diferentes dispositivos podem ser utilizados para expansão maxilar, sendo que na expansão rápida destacam-se os aparelhos de Haas e de Hirax e, na expansão lenta, o quadrihélice. A escolha do tipo de terapia a ser adotada dependerá das características do paciente, do desenho do aparelho e da magnitude de força liberada. Os fatores biológicos, envolvendo o periodonto, a atividade celular sutural e a formação das partes ósseas também devem ser considerados no plano de tratamento (HAAS, 1970).
O disjuntor palatino de HAAS é composto por bandas ortodônticas adaptadas nos primeiros molares permanentes e pré-molares, as quais servirão como apoio do parafuso expansor. As duas bandas serão unidas por uma barra lingual que deverá contornar os dentes. Após a soldagem da barra às bandas, as peças deverão ser polidas, recolocadas nos modelos e em seguida,