existencialismo

1442 palavras 6 páginas
CAPITULO II – O homem consigo mesmo: uma relação existencial de desespero.
II.I – O eu face a face consigo mesmo. Neste segundo nível da existência caracterizado pelo estágio denominado, ético, analisaremos o individuo de um ponto de vista da consciência. Aqui, as exigências éticas tornam o individuo consciente de suas falhas sem, contudo lhe proporcionar uma nova existência. Segundo Kierkegaard, à medida que homem vai se desencantando das ilusões, própria ao mundo dos sentidos, ele vai adquirindo mais consciência da existência nas suas profundas contradições. Porém, pode acontecer que essa consciência intensifique de modo crescente o desespero.
“(...) em dialética moral, aquele que permanece conscientemente no desespero está mais longe da salvação, visto que o seu desespero é mias intenso.” (KIERKEGAARD, 1979, p. 217) O desespero consciente, afirma Kierkegaard, não deve, pois saber somente o que seja o desespero, mas, além disso, deve ter feita completa luz sobre si próprio, não ser que lucidez e desespero se excluam. Limitemo-nos neste ponto a notar a grande variabilidade da consciência, não penas sobre a natureza desta espécie de desespero, mas também sobre o seu próprio estado, quando se trata de saber se ele é verdadeiramente desespero. Faz-se, dessa fora necessário um constante refletir sobre a forma existencial em que cada individuo se encontra na realidade do momento, e observe-se este mesmo individuo não se encontra entre um dos dois extremos do desespero, a sua inconsciência total a sua completa consciência. Como estamos tratando de um eu consciente de sua existência, consciente, portanto de um eu que contem em si eternidade, e que se encontra em face de si mesmo, tratamos, pois, de um que se escondia sob a sua própria penumbra e que se agora se revela, mesmo que de maneira insegura.
“No seu intimo ele bem divida do seu estado, sente-o até, como quando se pressente a doença latente, mas sem grande vontade de descobrir qual seja. Em certo

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