EXISTE UMA NOVA QUESTÃO SOCIAL?
O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. (Iamamoto. 1999, p. 27)
No início do século XX, o processo de precarização do trabalho com o agravamento da questão social, que coloca a população brasileira a mercê de políticas assistencialistas e paternalistas por parte do Estado e da Igreja Católica, originalmente chamada de questão social constitui-se em torno das grandes transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas na Europa no século XIX e desencadeadas pelo processo de industrialização. Essa questão assentou-se basicamente na tomada de consciência por parte da parcela crescente da sociedade, como um conjunto de novos problemas vinculados as modernas condições de trabalho urbano e do pauperismo como um fenômeno produzido. Sendo assim, se nas cidades pré-industriais a pobreza era considerada de fato necessário e natural para tornar os pobres laboriosos e úteis, a acumulação de riquezas nas nações em formação. Agora ele deveria ser enfrentado e resolvido para benefício inclusive do progresso material em ascensão.O capitalismo já mostrava sua face mais degradante,como um massacre diário que submetia os trabalhadores.
Os operários vão adquirindo consciência política enquanto classe trabalhadora e passam a lutar e reivindicar a busca por direitos: condições melhores de trabalho e subsistência, salários dignos, redução das jornadas de trabalho. A burguesia explorava o proletariado na compra de sua força de trabalho através do que KARL MARX, afirmou como MAIS-VALIA, ou seja, com pagamentos de baixíssimos salários e a exploração intensiva e extensiva da mão-de-obra do operário, o que aumenta os lucros cada vez mais da classe dominante.
Vale ressaltar historicamente que a escravidão é