Exercício físico e função cognitiva: Uma revisão
Exercício físico e função cognitiva: Uma revisão
É evidente que exercícios físicos são benéficos para saúde do corpo em se tratando de vigor físico, força e funcionamento do organismo mas, eles trazem algum benefício em relação a função cognitiva? Existem dados que indicam que pessoas moderadamente ativas tem menor chance de serem acometidas por desordens mentais do que as sedentárias, mostrando que a prática de exercícios físicos trazem benefícios físicos e psicológicos e que, provavelmente, indivíduos ativos fisicamente possuem um processamento cognitivo mais rápido, no tempo de reação, na amplitude da memória, no estado de humor. Não há dúvidas de que é impossivel não envelhecer e esse evento traz consigo perdas motoras e cognitivas, contudo, ainda que seja na terceira idade, é importante incluir a atividade física como uma tarefa do dia a dia para obter uma melhora na atenção, na memória, agilidade e padrão de humor. São escassos os estudos que associam os exercícios fisicos aos possíveis efeitos na função cognitiva mas, dentre os já realizados, foi possível encontrar benefícios mostrando que a atividade física pode interferir na performance cognitiva por diversos motivos como no aumento nos níveis dos neurotransmissores e por mudanças em estruturas cerebrais, na melhora cognitiva observada em indivíduos com prejuízo mental, na melhora obtida por indivíduos idosos. Acredita-se que a influência do exercício na cognição é inconsistente quando mudanças pequenas e temporárias ocorrem em parâmetros fisiológicos. Assim, o exercício pode ter pouco impacto na cognição quando for realizado de forma aguda, ao contrário do treinamento, que seria capaz de produzir ganhos de condicionamento físico e dessa forma ser usado como intervenção para melhorar a performance cognitiva. Existem algumas evidências de que o exercício intenso poderia facilitar alguns aspectos da cognição. Até o momento os dados na literatura permitem inferir que o exercício físico