Exercício de Logísticas de Distribuição
O texto abaixo foi elaborado com base em um estudo de caso que relata uma mudança real no processo logístico entre a BIC e o Martins. Fonte: BERTAGLIA, Paulo Roberto. “BIC e Martins: reposição contínua”. São Paulo: Saraiva, 2003.
A multinacional francesa BIC tem como política comercial a distribuição de seus produtos (canetas, isqueiros e barbeadores) através de atacadistas, sendo o Martins o maior deles, no Brasil. A BIC está no Brasil desde 1956 e historicamente, o processo de reposição de produtos no Martins sempre foi convencional: um comprador do Martins e um vendedor da BIC se encontravam mensalmente para estabelecer preços, volumes e condições de pagamento, para depois emitir um pedido para reposição do estoque de produtos BIC no Martins. O pedido era então faturado, e a mercadoria viajava os 554 km entre a fábrica da BIC, em Cabreúva – SP, e o CD do Martins, em Uberlândia – MG.
A transportadora era contratada pela BIC, e cobrava um frete de R$ 284,00/tonelada para cada entrega mensal, que em média era composta por 90 pallets (L). A viagem (carga, ida, descarga e volta) durava 2 dias (ΔT). Para evitar rupturas no estoque, a BIC mantinha um estoque mínimo de 24 pallets (Emn).
Para simplificar, neste exercício consideraremos que os produtos da BIC (canetas, isqueiros e barbeadores) são vendidos em caixas com 10 kg de mercadorias. Para o transporte, as caixas são paletizadas, com cada pallet contendo 27 caixas e pesando 280 kg no total, inclusive com o pallet. Considere um custo de capital de 30% ao ano (Tx). Como o prazo de pagamento do Martins começava a contar no faturamento em Cabreúva, o estoque em trânsito pertencia ao Martins.
Visando melhorar o processo logístico, a BIC propôs ao Martins as seguintes alterações no processo:
1. A BIC se tornou responsável por gerenciar os estoques de seus produtos no Martins. Foi assinado um contrato de fornecimento que estabelecia todos os processos, valores e