EXERCICIO
Durante o século XVI, o Brasil não era considerado algo valioso por Portugal. Embora o território adquirido pela Coroa Portuguesa fosse imenso, não trouxe a inesperada sorte econômica obtida pelos espanhóis em suas conquistas do Peru e México, isto é, metais preciosos e uma população ampla, estável e bem organizada que poderia ser empregada na mineração e nos setores agrícolas de apoio. O primeiro produto de exportação – o pau-brasil era uma casca de árvore utilizada como matéria de corante na Europa, e sua colheita era uma atividade rudimentar que não criou muitos povoados permanentes e setores complementares.
Porém, realmente o primeiro produto mais importante a ser exportado foi o açúcar. Seu cultivo foi introduzido aproximadamente em 1520 e trazido ao continente brasileiro por usineiros imigrantes e comerciantes de açúcar vindos de ilhas do Atlântico dominadas por Portugal. A rápida expansão do cultivo e da exportação do açúcar logo se transformou na primeira de uma série de grandes ciclos de exportação primária, que dominariam o crescimento econômico do Brasil até o século XX.
A escassez de mão de obra e os baixos benefícios econômicos que o Brasil parecia oferecer a Portugal no início conduziram a uma organização político-econômica descentralizada. O comércio estava principalmente e, a fundação dos primeiros povoados foi deixada a cargo de donatários, indivíduos que recebiam concessões para povoar e desenvolver determinadas áreas (capitanias) às próprias expensas.
Em 1530 chega ao Brasil a expedição com objetivo de dar início a colonização do Brasil e iniciar o cultivo da cana-de-açúcar. A região Nordeste é escolhida para o cultivo da cana-de-açúcar em função do solo e clima favoráveis. Este setor foi lucrativo para vários agentes econômicos: os fazendeiros e aqueles envolvidos na comercialização, financiamento, expedição e comércio de escravos. A Coroa portuguesa criou o sistema de Capitanias Hereditárias para