exemplo
A anatomia do homem de Flores mistura características de Australopithecus e Homo erectus (extintas há 1,4 milhões e 200 mil anos respectivamente) com traços do homem moderno Homo sapiens, numa combinação que intriga os cientistas. A principal característica é a altura reduzida, estimada em cerca de um metro para os indivíduos adultos (por comparação, os pigmeus da África Central medem entre 1,3 a 1,5 metros), mais ou menos o mesmo de um Australopithecus. A estrutura do crânio e da dentição assemelham-se à do Homo erectus, o que estabelece a ligação desta espécie com o Homo sapiens. As mãos são no entanto humanas, à excepção do tamanho mais reduzido, o que mostra que é uma espécie diferente do H. erectus e mais próxima do homem moderno. Pensa-se que o tamanho reduzido pode ser uma adaptação do homem de Flores a um ambiente insular confinado, à semelhança do observado noutros mamíferos como o Stegodon, um estegodonte anão.
O traço mais surpreendente do homem de Flores é a dimensão do crânio, que comporta um cérebro de apenas 380 cm³. Até esta descoberta, o volume mínimo admitido para o género Homo era de 500 cm³. Apesar do tamanho do cérebro, o homem de Flores era dotado de inteligência suficiente para produzir os instrumentos de pedra lascada encontrados junto dos ossos. Para além destas peças, o local continha restos ósseos calcinados de pequenos elefantes, roedores e