EXEGESE E EISEGESE
É comum observarmos “interpretações” em que o interprete das Escrituras diz: “Acho que esse texto diz isso ou aquilo”, ao ainda “pra mim acho que isso significa”. O pior é que pessoas que agem assim, às vezes nem percebem que estão mutilando as Escrituras a bem próprio e consequentemente adulterando o real sentido da Palavra de Deus.
Certo é que existem passagens das Escrituras que podemos fazer mais de uma aplicação, porém isso não exime o interprete de procurar o sentido principal daquela passagem antes de fazer a aplicação contextualizada. E mesmo contextualizando a passagem deve-se tomar cuidado para não acrescentar pontos de vista pessoais e evitar choque de passagens com outras passagens.
Diz a regra mãe da hermenêutica “A Bíblia interpreta-se a si mesma”.
Observemos a diferença entre Exegese e Eisegese e vejamos qual das duas estamos praticando em nossas interpretações:
• Exegese é a interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário. A exegese como todo saber, tem práticas implícitas e intuitivas. A tarefa da exegese dos textos sagrados da Bíblia tem uma prioridade e anterioridade em relação a outros textos. Isto é, os textos sagrados são os primeiros dos quais se ocuparam os exegetas na tarefa de interpretar e dar seu significado. A palavra exegese deriva do grego exegeomai, exegesis; ex tem o sentido de ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por; quer dizer, no caso, conduzir, guiar.
• Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a interpretação dos textos bíblicos. Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o