Ex. 1 Estudos Gramaticais
2. A gramática descritiva é o conjunto de regras de uma certa língua que é seguido pelos falantes da mesma no cotidiano. Sabendo que há diversas variações no português atual, Possenti mostra algumas maneiras diferentes que nossa sociedade faz uso do verbo “pôr” na terceira pessoa do plural. Ele conclui, após ressaltar uma prevenção do uso em relação a “eles pusero” e “eles pôs”, que o critério de correção não é linguístico, mas sim social. Veremos o que isso significa.
Ao ouvir uma pessoa usar o termo “eles pusero” ou “eles pôs”, é quase automático pensar que ela não é culta e que estaria errado falar dessa forma, levando em conta o conceito de gramática normativa, ou seja, o conjunto de regras de uma língua que deveriam ser seguidas. Portanto, é provável a pessoa não ter conhecimento de como deveria falar, assim sendo, ela cria uma forma que a faça ser entendida. É fácil assumir que seu nível de escolaridade não é tão alto, ou que as qualidades de ensino não são boas. Partindo disso, é possível criar especulações sobre outras questões, como o ambiente em que esse alguém vive e com que tipo de pessoas se relaciona, que carreiras teria a capacidade de seguir, etc. Entretanto, muitos que se dizem cultos ou que possuem certo nível de escolaridade considerado regular ainda cometem erros normativos ao usarem a variação “eles puseram” sendo que, nesse caso, as especulações e críticas a seu respeito dariam em um lugar diferente. Assim, é justificável dizer que a correção seria mais social que linguística.
3. Como proposta de metodologia, em sua obra, Possenti busca a ideia do uso da chamada “lei Ibrahim Sued” nas salas de aula. Ele sugere que, ao invés das correções, devia-se ensinar as diversas maneiras de dominar uma língua, ou seja, mostrar os diferentes jeitos de se dizer a mesma coisa de muitas formas.
Possenti afirma que “o ensino deveria subordinar-se à aprendizagem”.
Nesse contexto, os erros seriam tratados de