Evolução
Entre os seres vivos e o meio em que vivem há um ajuste, uma harmonia fundamental para a sobrevivência. O flamingo rosa, por exemplo, alimenta-se de cabeça para baixo, adaptando-se à procura de alimento no lodo em que vive; os cactos são dotados de mecanismos de reserva de água que lhes permitem viver em meio desértico. Esses e numerosos outros exemplos são reveladores da perfeita sintonia que existe entre os seres vivos e os diferentes ambientes em que vivem.
Fixismo ou Transformismo?
A adaptação dos seres vivos aos seus ambientes de vida é um fato incontestável. A origem da adaptação, porém, é que sempre foi discutida. Na antiguidade, a idéia que as espécies seriam fixas e imutáveis teve os filósofos gregos, a exemplo de Aristóteles (384-322 a.C.), como defensores. Os chamados fixistas propunham que as espécies encontradas na atualidade já existiam desde a origem do planeta e a extinção de muitas delas seria devida a eventos especiais como, por exemplo, muitas catástrofes que teriam exterminado grupos inteiros de seres vivos. Lentamente, a partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a idéia da substituição gradual de espécies por outras, por meio de adaptações a ambientes em contínuo processo de mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrario do que propunham os fixistas. Para o transformismo, a adaptação é conseguida por meio de mudanças: à medida que muda o meio, muda a espécie. Os adaptados ao novo ambiente sobrevivem. Essa idéia deu origem ao evolucionismo. Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios continuamente em mudança. Essa mudança das espécies nem sempre implica aperfeiçoamento ou melhora. Muitas vezes, leva a uma simplificação.
[pic] Flamingo rosa Cactos
Lamarck e Darwin
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