Evolução Química
O biólogo inglês John Burdon S. Haldane e o bioquímico russo Aleksandr I. Oparin, em meados da década de 1920, aprofundaram-se, de forma independente, na teoria proposta anteriormente pelo biólogo inglês Thomas Huxley.
Segundo essa teoria, metano, amoníaco, hidrogênio e vapor de água eram os gases que predominavam na Terra primitiva. Compostos por elementos básicos da constituição de todos os seres vivos (carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio), estes eram liberados a partir de atividades vulcânicas; ficando retidos em razão da força gravitacional e dando origem à atmosfera primitiva.
A partir de tais pressupostos, esses cientistas acreditavam que a vida seria resultante de um processo de evolução química, na qual os compostos presentes na atmosfera se combinaram, dando origem a moléculas orgânicas. Para tal, descargas elétricas provenientes das grandes tempestades, além da grande incidência de raios ultravioleta, forneceram energia suficiente para a ocorrência das reações químicas entre as substâncias presentes.
Essas, levadas pela água das chuvas para oceanos primitivos, puderam formar, mais tarde, moléculas orgânicas mais complexas. Tais moléculas, unidas às de água, deram origem aos coacervados: uma primitiva organização de substâncias orgânicas.
Em um sistema parcialmente separado do meio, estes efetuavam trocas com o ambiente externo, ao mesmo tempo em que seus compostos reagiam entre si. Deste princípio, em determinado momento, surgiram sistemas envoltos por membrana lipoproteica, com uma molécula de ácido nucleico em seu interior. Mais tarde, ao adquirirem capacidade de reprodução, puderam originar outros sistemas semelhantes: os primeiros seres vivos do planeta.
Mais tarde, Stanley Miller, estudante da Universidade de Chicago, criou em laboratório um dispositivo que simulava as condições primitivas da Terra, conseguindo “criar” compostos orgânicos a partir deste.