EVOLUÇÃO ORGÃNICA E PROGRESSO CULTURAL
Já se afirmou ser a pré-história uma continuação da história natural, havendo uma analogia entre a evolução orgânica e o progresso na cultura. Na historia humana, as roupas, ferramentas, armas e tradições tomam o lugar das peles, garras, presas e instintos na busca de alimentos e abrigos. Hábitos e proibições, representando séculos de experiência acumulada pela tradição social, substituem os instintos hereditários, para facilitar a sobrevivência de nossa espécie. A herança social do homem não é transmitida pelas células das quais ele nasce, mas por uma tradição que só começa a adquirir depois de ter saído do ventre materno. O mecanismo da evolução, tal como o descrevem os biólogos, não precisa ser detalhadamente descrito. Já foi delineado em livros acessíveis e legíveis, por autoridades no assunto. Há cerca de meio milhão de anos, a Europa e Ásia eram visitadas por períodos de frio intenso as chamadas épocas glaciárias, que duraram milhares de anos. Várias espécies de homem já existiam, contemporâneas do mamute; caçavam as feras e delas traçavam retratos nas cavernas. Os filhotes do mamute nascia com a tendência a um couro peludo, que inevitavelmente crescia à medida que o filhote amadurecia, os filhos dos homens não nasciam sabendo fazer fogo ou casacos. Cada geração de filhos humanos tinha de aprender toda a arte de manter os fogos acesos, e de fazer capotes. Quanto mais subimos na escala evolucionária, tanto mais complicados se tornam os sistemas nervosos. E o resultado desse desenvolvimento é permitir à criatura variar de movimentos, ou variar seu comportamento de acordo com pequenas diferenças nas modificações externas que lhe afetam os nervos. O homem surge muito tarde no registro geológico. Nenhum esqueleto fóssil digno do nome homem é mais velho do que o penúltimo volume da história da terra, o volume intitulado Plistoceno. Os mais antigos esqueletos de nossa própria espécie pertencem às