Evolução dos Telescópios
Telescópio refrator galileano
Em 1611, no livro “Astronomiae Pars Optica”, Kepler apresenta um novo tipo de telescópio, com duas lentes convergentes. Com elas, apesar de se ter imagens invertidas, se ganha muito no tamanho do campo de visão. Telescópios com oculares divergentes têm pequenos campos de visão que diminuem drasticamente com o aumento da imagem obtida. Na prática, com os telescópios “kleperianos”, passava-se a se construir telescópios com aumentos cada vez maiores.
À medida que se tentava a fabricação de telescópios com melhores imagens, alguns problemas (ou desafios) surgiam. Cedo se verificou que lentes com superfícies que tivessem a forma de parte da superfície de uma esfera (lentes esféricas) não convergiam os raios de luz que passassem por elas para um único ponto, “borrando” a imagem obtida. A esse fenômeno foi dado o nome de aberração esférica.
Descartes apresentou uma solução apenas teórica para o problema. Na época não havia tecnologia para a fabricação de lentes que não fossem esféricas. Mas a própria Lei de Snell mostrava que se usassem lentes objetivas de grande distancia focal (pequena parte da superfície de uma esfera de grande raio) o problema da aberração esférica seria minimizado (na pratica verificou-se algo semelhante para o problema da aberração cromática). Mas objetiva de grande distância focal implicava em telescópios com tubos de grandes comprimentos. A segunda metade do século XVII foi marcada pela