Evolução do Pensamento Produtivo na Gestão Ambiental

A adoção dos Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) veio em decorrência de uma evolução do conceito de produção. Antigamente, na década de 1980, o meio empresarial possuía uma visão reativa sobre a proteção ambiental, que era considerada custosa e indesejável. Após este período, marcado por grandes crises ambientais e elevada poluição industrial, o setor empresarial começa a ter uma visão pró-ativa para com a gestão ambiental que passa a ser considerada uma vantagem competitiva e um investimento para o futuro.

Anteriormente, as empresas preocupavam-se em produzir em quantidade, sem dar importância se o produto era de qualidade e muito menos se o produto ou o processo produtivo impactavam o meio ambiente. Em decorrência da ampliação do modelo industrial no mundo, fatores de concorrência fizeram com que os empresários se preocupassem em dar um diferencial aos seus produtos e então começaram a investir em processos produtivos que padronizassem a qualidade destes. Em virtude deste interesse, surge a série ISO 9.000 que visa padronizar que as empresas atendam aos padrões de qualidade do produto.
Após este período, onde a qualidade de seus produtos já não era mais um fator competitivo forte, pois muitas empresas já haviam aderido a esta ideia, um novo paradigma de produção começa a ser difundido no mercado: a produção com qualidade ambiental. Neste momento, a partir da década de 1990, as empresas iniciam a busca pela produção ambientalmente correta como diferencial competitivo no mercado. A série ISO 14.000 visa padronizar os procedimentos para que as empresas alcancem este objetivo.

Atualmente, grandes empresas já alcançaram padrões de qualidade de seus produtos e qualidade ambiental de seus processos produtivos, assim, um novo diferencial competitivo vem sendo amplamente discutido: produzir com responsabilidade social e ambiental, buscando uma sustentabilidade da
GESTÃO AMBIENTAL empresa no mercado através de ações que internalizem os custos