agua
Aldo C. Rebouças.
“As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto”.
Carlos Drummond de Andrade
A água é um elemento essencial para todos os povos e tem vários significados pela cultura de cada época.
Sem a água não há como manter as diferentes formas de vida nos ecossistemas, porém as secas e enchentes onde não mora ninguém não passa de um fenômeno físico.
O desmatamento, o desperdício de água, os esgotos não tratados nos rios faz com que aumente os efeitos das enchentes e da seca. Por isso o problema não pode ser avaliado entre oferta e demanda deve-se pensar no recurso hídrico e tendo relação com a agropecuária para que a população tenha disponível a água como um recurso renovável e significados da crise da água assim alcançar e garantir qualidade de vida da sociedade.
“Terra e ar existem em todos os lugares e com qualidade propícia à vida em geral. Restam água e calor: se falta um ou outro, a vida desaparece” – Aristóteles. No Brasil não faltam água e calor, e relativamente água na região Nordeste.
No ciclo hidrológico a energia termal de origem solar e a transpiração dos organismos vivos transformam-se em vapor (rios, lagos, e umidade do solo). Com isso volta a cair em forma de chuva, neblina, neve alimentando o fluxo dos rios e a umidade do solo.
Tomando por base os potenciais per capita ano de água em cada um dos estados do Brasil, representados pelo quociente do volume das descargas médias dos rios e população, verifica-se que, mesmo naqueles que compõem a região Nordeste, os valores são relativamente importantes. Por exemplo, um pernambucano dispõe, em média, de mais água do que um alemão; o baiano tem potencial equivalente ao francês; um piauiense dispõe de tanta água quanto um norte americano. Efetivamente, a crise da água no Brasil, especialmente na região Nordeste, resulta da intervenção altamente predatória neste, levando a aplicar decisões para