Evolução de economia
Da Antiguidade até 1929
1 POR QUE DEVEMOS ESTUDAR O PASSADO
Se o mundo de hoje é caracterizado por um desenvolvimento tecnológico muito grande, por que estudar o passado?
Na verdade, os instrumentos mudaram, mas o condutor desses instrumentos, o homem, pouco mudou. As ambições, as frustrações, o desejo de vencer continuam os mesmos. O tabelamento, que provocou tantos problemas na economia brasileira na década de 80, foi utilizado, na Antigüidade, por Hamurábi (1752 a.C.) e Deocleciano (301 d.C.), também sem sucesso.
Aprendemos que a Economia é uma ciência social. Aprendemos também que as Ciências Sociais não são experimentais, isto é, não se podem fazer experiências no campo da Economia, como se faz no da Física. Exemplificando, se deixarmos cair um lápis, estaremos provando experimentalmente que existe a lei da gravidade. Se dissermos que excesso de moeda provoca a inflação, não devemos emiti-Ia para verificar experimentalmente se isso é verdade. As experiências em Economia podem gerar efeitos desastrosos na vida social.
No Brasil existem fatos que comprovam o valor de experiências passadas. Eis uma delas:
Hjalmar Schacht, considerado o homem que acabou com a hiperinflação alemã, conta-nos, em seu livro Setenta e seis anos de minha vida, o seguinte fato: em 1923, a cotação oficial do dólar chegou a 4,2 trilhões de marcos. Para regularizar a economia alemã foi criada, em novembro de 1923, uma segunda moeda, o Rentenmark. Na verdade, esse país ficou com duas moedas: o marco papel e o Rentenmark. Teoricamente havia uma terceira, o marco ouro. Com o Rentenmark foi debelada a inflação desse país.
Esse acontecimento tem muita semelhança com o Plano Real. Para combater a inflação brasileira, nosso governo criou a URV. Na verdade, em 1994 havia no Brasil duas moedas: o cruzeiro e a URV. Tanto a URV como o Rentenmark acabaram com a inflação inercial, isto é, os efeitos da inflação passada nos preços presentes.
Portanto, o