Evolução da revolução industrial
No período de 1760 a 1830, a Revolução Industrial esteve basicamente confinada à Grã-Bretanha. O século 18 mostrava um crescimento populacional impressionante, graças ao declínio nas epidemias e à melhoria das condições de alimentação. O comércio crescia com a descoberta de novos mundos e novas rotas mercantis. Foi nesse contexto de um capitalismo mercantilista com capital acumulado e com uma demanda crescente por produtos que ocorreu a transformação tecnológica que levaria à primeira Revolução Industrial. As invenções que começam a surgir na segunda metade do século 18 fizeram o processo manufatureiro ser transformado em uma processo industrial.
Nas primeiras décadas da Revolução Industrial cerca de 75% da energia obtida a partir das máquinas a vapor estava na Inglaterra. Para permanecer na dianteira do processo de industrialização, os britânicos proibiram a exportação de equipamentos, trabalhadores especializados e técnicas de produção. Mas, o que aparentemente procurava manter a liderança industrial com a Grã-Bretanha significava também uma perda de oportunidade de negócios no exterior para os britânicos. Isso começou a mudar quando os ingleses William e John Cockerill abriram sua loja para vender máquinas industriais em Liège, na Bélgica, e o país tornou-se o primeiro a industrializar-se e transformar-se economicamente, na Europa continental.
A França, por conta das incertezas políticas que enfrentava e que culminariam na Revolução Francesa, acabou ficando para trás no processo de industrialização. Durante décadas a questão política francesa não encorajava grandes investimentos e apenas no decorrer do século 19 o país começou a ter um grande crescimento industrial. Outro país que ingressou mais tarde no processo de industrialização foi a Alemanha. Somente a partir da unificação, alcançada em 1870, o país acelerou seu crescimento industrial e ele tornou-se rapidamente tão extraordinário que o país ultrapassou a Inglaterra na