Evolucionismo
O evolucionismo admite que as espécies podem sofrer transformações ao longo do tempo. O evolucionismo, contrariamente ao que se pensa tem as suas raízes nos filósofos da Grécia clássica. Anaximandro poderá ser considerado o precursor da teoria moderna do desenvolvimento, quando defende que os organismos vivos, se transformam gradualmente a partir da água por acção do calor até se formarem as formas mais complexas e que o Homem tem a sua origem em animais de outro tipo. Demócrito defendia que as formas de vida mais simples tinham origem no “lodo primordial”. Muito mais tarde, já nos séculos XVII e XVIII, o trabalho do conde de Buffon, George-Louis Leclerc (1707-1788) permite desenvolver a ideia de “Transformismo”, onde se admite que as diferentes espécies derivam uma das outras por degeneração num processo lento e progressivo, existindo espécies intermédias até surgirem as formas actuais. Nesta concepção transformista da diferenciação das espécies a noção de tempo geológico é fundamental, dado que Buffon admitia que as condições ambientais a que as espécies estavam sujeitas eram fundamentais ao processo de degeneração. Outro transformista da época era Pierre Louis Maupertuis (1698-1759) que acreditava que as espécies resultavam de uma selecção provocada pelo meio ambiente resultando na infinidade de seres vivos que eram observados na actualidade. Em pleno século XVIII, a geologia tem um papel de destaque na compreensão dos fenómenos da natureza. Em 1778, James Hutton (1726-1759), considerado o pai da geologia moderna, publica Theory of the Earth (Teoria da Terra), um tratado sobre fenómenos geológicos que abala as ideias catastrofistas. Hutton estabelece uma idade para a Terra bastante superior àquela admitida até então e defende que as forças naturais de hoje são as mesmas desde sempre, isto é, os fenómenos geológicos repetem-se ao longo da história da Terra – Teoria do Uniformitarismo. Charles Lyell (1797-1875), geólogo britânico, prossegue com