Evolucionismo e religião
Vejamos um exemplo: quantos não se esmeram em difamar a Teoria da Evolução das Espécies? Há os que rastejam a procura de uma pedra que seja, pois qualquer pedrinha serve, para tentar inquietar. O que é admirável nesses caçadores de mito que emergem aqui e acolá é o sentimento questionador que parece existir, ainda que um sentimento infantil, primitivo, e sem comprometimento com a verdade, pois eis que não passa de uma vaidade lúdica ancorada no falso saber.
Uma vez detectado o sintoma de uma das doenças da pós-modernidade, que é esse tumor do fanatismo e ignorância que se espalha pelo corpo do conhecimento, como se fé e ciência travassem uma eterna guerra, direi a razão por que a Teoria da Evolução das Espécies ainda é um livro que instiga: trata-se de uma obra cuja magnitude se deve ao trabalho fruto da investigação questionadora, com métodos adequados para se chegar a uma conclusão mais satisfatória. Mas os acalentados pela preguiça não poderão desfrutar dessa constatação, já que pensar lhes pesa como a arca de Noé. A obra de Darwin não é fruto do misticismo, mas de uma prática científica rigorosa.
Quantos não repetem o velho jargão que diz “O homem veio da evolução do macaco!” ou então, para simular uma verdade sob a máscara do desespero: “Por que os macacos existem então?” E vai além: “Você é um macaco?”.
Quem quer que queira estudar a obra em questão, não vai