Evo morales: paradoxo político, antidemocrático ou representante do povo ?
Introdução
Incluída no novo constitucionalismo latino-americano encontra-se a Bolívia, tesouro primário de gás natural, composta fortemente pelas etnias indígenas, que são refletidas até mesmo na extensão de seu presidente, Evo Morales. Para que se possa analisar a constituição boliviana atual, o texto pretende analisar as causas históricas da política boliviana para se explicar a atual conjuntura em que se encontra a nação.
Breve Análise da recente história política Boliviana
O atual chefe de governo boliviano, Evo Morales, possui uma história de certa forma peculiar em relação aos outros líderes latino americanos, que talvez possa ser, em parte, relacionada com a do ex-presidente brasileiro Luis Inácio “Lula” da Silva. Ex-presidente do sindicato de produtores de coca, Morales teve ascensão meteórica na política boliviana. De origem pobre e rural, ele pertence à etnia indígena aimará, a segunda em número. Morales foi membro do Parlamento Boliviano em 1997 pertencendo ao partido Movimiento Al Socialismo (MAS) em oposição ao Poder Democrático e Social (Podemos) e sempre manteve a mesma linha ideológica da realização de um governo indígena, que buscasse a nacionalização dos recursos naturais, a redistribuição de terra e a melhoria das condições das populações mais pobres; os três pilares de sua campanha. Essa linha é responsável pela manutenção de sua base eleitoral, que consiste na maioria indígena de mais de 9 milhões. Comandando a linha de protestos que culminou na derrubada de Lozada, e em sequência Carlos