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Uma análise crítica da proposta das estratégias emergentes de Henry Mintzberg
Gabriela Góis Cavalcanti (UFPE/PROPAD) gabrielagoisc@yahoo.com.br Marcus Augusto Vasconcelos Araújo (UFPE/PROPAD) marcus-recife@uol.com.br Walter Fernando Araújo de Moraes (UFPE/PROPAD) wfam@br.inter.net
Resumo Um dos grandes debates teóricos na administração estratégica se refere à forma como as estratégias são e a como devem ser formuladas. Alguns autores defendem que a formulação de estratégias deve ter um caráter fortemente deliberado, enquanto que outros defendem a importância da presença de uma característica não-deliberada. Este artigo apresenta as argumentações de um dos grupos de autores, analisando de forma crítica e especificamente, a proposta de Henry Mintzberg, que faz parte do grupo dos que argumentam em favor da abordagem não-deliberada e é o proponente do conceito de estratégias emergentes que se baseia em um processo de tentativa e erro, fundamentando seus argumentos em críticas ao processo racional de planejamento estratégico. São, ainda, apresentadas as contra-argumentações de diversos autores em relação às proposições e às críticas de Mintzberg. Por fim, conclui-se que existem vários riscos associados ao uso dos argumentos em favor do processo não-deliberado e que, apesar disso, é salutar o estímulo controlado da presença deste caráter no processo de formulação de estratégia nas empresas. Palavras-Chave: Formulação de estratégias; Estratégias emergentes; Estratégias deliberadas.
1 Introdução Desde a década de 60, vários autores têm abordado o tema da Administração Estratégica dando a ele os mais diversos enfoques (CHILD, 1972; ANSOFF, 1973; MINTZBERG, 1973; MILES et al., 1978; QUINN, 1978; PORTER, 1991; CHANDLER, 1998). À luz das propostas destes autores, Mintzberg (1998) propôs uma organização das diversas argumentações, agrupando-as em 10 escolas considerando as diferentes abordagens ao processo de