EVASÃO NO ENSINO SUPERIOR
Um dos pontos mais importantes para o desenvolvimento de um país é o nível de escolaridade da população. A busca por uma melhor inserção no mercado de trabalho gera uma grande procura por cursos superiores, porém muitos alunos acabam abandonando o ensino superior, antes de sua conclusão. A desistência dos estudantes representa desperdícios sociais, acadêmicos e econômicos, para o aluno evadido e principalmente para as Instituições de Ensino Superior (IES), pois elas investem “equipando tecnicamente as elites profissionais e proporcionando ambiente propício às vocações, cujo destino, imprescindível à formação da cultura nacional, é o da investigação e da ciência pura”. (SOUZA, 1991).
Devido ao percentual considerável de trancamentos e desistências nos cursos universitários, despertou-se o interesse em realizar esta pesquisa. A evasão no ensino superior tem sido um tema muito pesquisado, e com o intuito de buscar uma compreensão dos comportamentos de desistência ou permanência nestes cursos, utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica.
Segundo NUNES (2005), o modelo de gestão das IES foi desenvolvido para captação, e não para a retenção de alunos, tendo em vista que, historicamente, a demanda vinha superando a oferta. A perda de alunos, ainda é tratada como uma decorrência natural, sendo aceitável, dentro das instituições, que os alunos sem condições acadêmicas, financeiras ou psicológicas, – não concluam o Ensino Superior.
De acordo com Nunes (2005), os estudos apontam que as causas principais da evasão estão relacionadas, em três dimensões sendo: Dimensão acadêmica, expressa por dificuldades em disciplinas básicas, baixo aproveitamento em sala de aula, metodologia de ensino e a relação professor x aluno; Dimensão financeira, determinada pelo baixo poder aquisitivo, necessidade de financiamento, inadimplência, perda ou necessidade de emprego; e Dimensão pessoal, caracterizada pelo erro na escolha do curso, pelo não entendimento dos