Evangélico
Então, qual é a natureza do Evangelho? Foi essa a pergunta originou a Reforma Protestante. Foi essa pergunta que dividiu o Ocidente entre “católicos” e “evangélicos”. Lutero não se rebelou contra o Papa, nem contra os dias santos, ou qualquer outra coisa que os evangélicos de hoje odeiam no Catolicismo. Sim, com o tempo, Lutero acabaria combatendo tais coisas, mas não foi isso que deu origem a Reforma. Lutero se deu conta que a Igreja, ou uma parte significativa dela, havia perdido o significado real do que era o Evangelho. De fato, a Religião Cristã estava envolvida em exigências e regras tão pesadas, e vinha mesclando-se a superstições tão absurdas, que a Boa Notícia tornara-se um grande fardo. Lutero compreendeu que a salvação dava-se exclusivamente “pela fé”, e isso mudaria a história do Ocidente.
Se Deus é Santo, se odeia o pecado, e se o homem é tão pecador como a Bíblia diz, que esperança temos de alcançar a salvação? Certamente a esperança não pode estar no legalismo, nem na superstição. Nos dias de Lutero alguns líderes da Igreja ofereciam a salvação a troco de moedas; ritos e sacrifícios eram a oposta de outros. Lutero percebeu o erro ao encontrar na Bíblia que a salvação era um dom, e que nascida da iniciativa de Deus e não dos méritos do homem. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é Dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).
Lutero, e os chamados