Eutanásia
No dicionário Aurélio, encontramos as seguintes definições à eutanásia : “ 1. Morte serena, sem sofrimento. 2. Prática pela qual se abrevia sem dor ou sofrimento, a vida dum enfermo incurável “.
Damos destaque nessa definição citada a duas palavras, ou seja, enfermo incurável, condição sine qua non para a administração da prática, afim de posteriormente debatermos os aspectos espirituais e bioéticos da eutanásia.
TIPOS DE EUTANÁSIA
Segundo o Prof.º José Roberto Goldim, a eutanásia pode ser classificada, quanto ao tipo de ação em: ativa – o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, para fins misericordiosos; passiva ou indireta – a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, por não se iniciar um procedimento médico ou interrupção de medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento.
Quanto ao consentimento do paciente, pode ser:
Voluntária – quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente;
Involuntária – quando a morte é provocada contra a vontade do paciente;
Não voluntária – quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela.
A EUTANÁSIA ATRAVÉS DA HISTÓRIA
A prática da eutanásia é algo que a história da humanidade tem registrado, desde tempos remotos, em várias civilizações como na Índia antiga, na qual os doentes incuráveis eram jogados no Ganges, depois de terem vedado a boca e as narinas com a lama sagrada desse rio.
Referindo-se ao assunto, o Prof.º Genival Veloso de França relata-nos que, “ em Atenas, o Senado tinha o poder absoluto de decidir sobre a eliminação dos velhos e incuráveis, dando-lhes o conium maculatum – bebida venenosa, em cerimônias especiais “.
Ainda mais, “ na Idade Média, aos guerreiros feridos em combate oferecia-se um punhal muito afiado, conhecido por misericórdia, que lhes servia para evitar o sofrimento e a desonra. Os espartanos, conta Plutarco em Vidas Paralelas, atiravam