Eurípedes e Sófocles
O teatro de Eurípedes mantém os elementos básicos presentes em Sófocles, os mesmos Deuses, a Moira e assim por diante. Mas diferente de Sófocles, Eurípedes usa esses como pano de fundo, já que suas tramas contêm elementos muito mais humanos. Como um homem sensível, pensador, rebelde em essência, Eurípedes não se prendia a sistemas e experimentou de todas as escolas no seu teatro – o que consistia num grande desafio, já que todo o formato da tragédia havia se estabelecido – e valeu-se de fontes diferentes de inspiração para se sagrar mestre supremo na descrição de paixões e arrebatamentos afetivos. A paixão amorosa, ausente em Sófocles há de ser Mola-Mestra do Drama Euripidiano. (um dos motivos ter inserido em peso a figura da mulher em suas obras)
Já o tema de Sófocles é o destino humano - o destino do herói que sofre e é destruído. Um herói dotado de uma vontade livre para agir, pouco importando as consequências. A tragédia apresenta a crise desse destino individual, imposto pelas forças sobrenaturais. Sófocles acredita que o homem está no centro do mundo, mas também crê no poder irresistível dos deuses (ainda que não tenha fé na justiça divina). Mas Sófocles não filosofa nem especula sobre os problemas mais profundos da vida. Seus personagens principais, embora sujeitos a falhas humanas, são heroicos e afetados por motivos superiores. Talvez tenha sido o que ele quis expressar quando disse - segundo Aristóteles - que mostrava as pessoas como elas deviam ser, enquanto Eurípides as mostrava como elas eram.
Ainda com suas inovações características, Eurípedes diminui a importância do Coro em suas peças, colocando-os muitas vezes como mero porta-voz, intensificador de expressões no momento. De forma questionadora e rebelde, viu imorais muitas das crenças gregas, e, ainda que não fosse um ateu, atacou essas crenças e substituiu Deuses comuns como Apolo e Atená por coisas abstratas, como AR, ÉTER, RAZÃO.
A Moira em sua obra também perde o