Eurocentrismo x Afrocentrismo
A África ficou conhecida pelo paradigma de Hegel, que dizia que não existia fato histórico antes do colonialismo na África. As bulas papais Dum Diverso e Romanus Pontifex davam direito aos reis portugueses de escravizarem maometanos, pagãos e povos pretos, ou seja, a terra que não era cristã era terra d ninguém, podendo simplesmente ser invadida. A inferioridade africana foi fortificada com a colonização, por incluir dominação física, humana e espiritual. A estrutura colonial dualizou a sociedade africana de uma forma que a historiografia africana não escapa, atual x moderna, oral x escrita e etc.
O olhar sobre a África é cheio de simbolismo e inferioridade, de tal forma que alguns pintores do século 16 e 17 pintavam os negros apenas escurecendo as fisionomias brancas. O que prova que havia uma necessidade de moldar o africano, mesmo que esteticamente aos padrões considerados superiores.
Superioridade Africana ( Afrocentrismo)
Foi através da geração de Ki – Zerbo que a história africana se reverteu, houve uma preocupação maior em resgatar e reescrever a história no ponto de vista dos africanos, deixando de lado a história escrita pelos europeus que ignorava a história e a influência da África antes da exploração, devido a essa característica essa corrente levou o nome de Pirâmide Invertida. A UNESCO patrocinou os historiadores na realização e na conclusão do livro que foi escrito longe das influências do colonizador, este livro foi para muitos uma surpresa, pois era um novo futuro para a história da África, história de uma sociedade oprimida, mas também harmoniosa. A obra de Ki–Zerbo descreve as mudanças sociais e as contribuições da África para outros povos e continentes. Fala que as civilizações ocidentais eram adeptas do pensamento grego,mas até o próprio Platão viveu no Egito que terra de negros e uma das melhores civilizações antigas.