Eugênio Gudin versus Roberto Simonsen.
Com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, a década de 1930 foi marcada pela maior crise econômica do sistema capitalista. Tal crise gerou grandes mudanças econômias, políticas, ideológicas e institucionais em todo o mundo. Em 1942, o governo Vargas solicitou ao Conselho Nacional de Políticas Industriais e Comerciais (CNPIC) que formulasse um relatório das bases e necessidades de uma política industrial e comercial para o país. O encarregado foi o relator do conselho, Roberto Simonsen.
Simonsen entregou A planificação da economia brasileira em que sugeria planejamento, presença do Estado na economia e necessidade da industrialização como forma de aumentar a renda nacional. O relatório logo foi enviado à Comissão de Planejamento Econômico, subordinada ao Conselho de Segurança Nacional. Um de seus integrantes era Eugenio Gudin. Assim, inicia-se o debate polêmico para a economia brasileira.
Considerando que o debate se deu no fim da II Guerra e no fim do Estado Novo, com o liberalismo econômico perdendo espaço para o capitalismo planejado, entende-se a relutância de Gudin com a proposta de Simonsen em planificar a economia brasileira. Todavia, nota-se que o debate envolvia diferentes concepções políticas, o que gerava atrito.
Simonsen utilizou-se de dados estatísticos precários, observações políticas e suas experiências administrativas para concluir que o Brasil precisava da insdustrialização, já Gudin, mais experiente em economia, baseou suas fundamentações nos pontos fortes e fracos do país para elaborar um novo projeto. Se o debate não tivesse sido tão extremista, talvez ambos pudessem ter chegado a um consenso.
Gudin teve uma boa intuição com relação a criação do Banco Central e a atuação sistêmica da política econômica, bem como ser a favor do desenvolvimento econômico pautado nas livres forças de mercado, no aumento da