Euclides da Cunha
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo (RJ), no dia 20 de janeiro de 1866. Foi escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro, tendo se tornado famoso internacionalmente por sua obra-prima, “Os Sertões”, que retrata a guerra dos canudos.
Em 1883 ingressou no colégio aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant, que muito influenciou a sua formação introduzindo-lhe à filosofia positivista. Em 1885, ingressa na escola politécnica, e no ano seguinte, na escola militar da praia vermelha, onde novamente encontra Benjamin constant como professor.
Contagiado pelo ardor republicano dos cadetes e de Benjamin Constant, professor da escola militar, durante uma revista às tropas atirou sua espada aos pés do ministro da guerra tomás coelho. A liderança da escola tentou atribuir o ato à "fadiga por excesso de estudo", mas Euclides negou-se a aceitar esse veredito e reiterou suas convicções republicanas. Por esse ato de rebeldia, foi julgado pelo conselho de disciplina. Em 1888, desligou-se do exército. Participou ativamente da propaganda republicana no jornal a província de S. Paulo.
Durante a fase inicial da Guerra de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos intitulados a nossa vendeia que lhe valeram um convite d'o estado de s. Paulo para presenciar o final do conflito como correspondente de guerra. Isso porque ele considerava, como muitos republicanos à época, que o movimento de antônio conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia e era apoiado por monarquistas residentes no país e no exterior .
Para Euclides, o sertanejo e a natureza eram vistos como uma essência viva, enquanto a cultura e a civilização, como coisas artificiais. Ele apresenta essa ideia em seu livro “Os Sertões”, que representa um marco na constituição de um argumento sociológico.
Euclides deixou canudos quatro dias antes do fim da guerra, não chegando a presenciar o desenlace. Mas conseguiu reunir material para, durante cinco