Basicamente, o país precisou se tornar uma potência econômica e militar. Foi um longo processo que se estendeu por pelo menos 300 anos. Primeiro, os caras "arrumaram a casa", resolvendo conflitos internos políticos e econômicos, unificando a sociedade americana e expandindo seu território. Ao mesmo tempo, diversos setores da sociedade engajaram-se para tornar o país um ambiente favorável ao capitalismo. A receita básica era incentivar a iniciativa privada (ajudando empresários que queriam abrir o próprio negócio, por exemplo) e garantir que o governo se metesse pouco na economia (o mercado, pela lei da oferta e da procura, regularia o sobe-e-desce econômico). Uma terceira mudança rolou no campo dos costumes: para "dominar" o mundo, a sociedade americana precisou superar seu histórico isolacionismo - a tendência de não se envolver em conflitos armados internacionais. Lá pelo final do século 19, o tripé do crescimento ianque estava armado. A expansão econômica exigia a busca de novos mercados, o que levou os Estados Unidos a guerrear com a Espanha, em 1898, o primeiro de muitos conflitos internacionais do Tio Sam.Os Estados Unidos atingiram uma posição privilegiada em termos de capacidade bélica. Tal situação foi alcançada por causa do seu aparato tecnológico aplicado à estrutura militar e outros equipamentos bélicos, ao uso de satélites artificiais e radares, a sua frota de porta-aviões (cada qual com um poderio superior ao da maior parte dos exércitos do mundo), aos submarinos nucleares e a sua força aérea, que inclui aviões que não são captados por radares. O orçamento militar anual(1) dos Estados Unidos, sozinho, é equivalente aos orçamentos de todos os países do planeta reunidos. No entanto, como mostraram os atentados de 11 de setembro de 2001, os norte-americanos, mesmo em seu território, não estão a salvo de ataques