Eu e outras poesias
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.
Eu e Outras Poesias
Eu Outras Poesias - é um livro de sofrimento, de verdade e de protesto. Com o tempo, Augusto dos Anjos, tornou-se um dos poetas mais lidos do país. Falando do livro, o crítico Agrippino Grieco resume numa palavra a consagração popular: "É um livro imortal."
Augusto primou por um vocabulário excêntrico, próprio da Ciência, para retratar a destruição do corpo humano, sua decadência, o caminhar para a aniquilação completa, já que acreditava na existência do nada e na morte como fim da existência.
Seus versos surpreendem e chocam ao abusar do apodrecimento e da desagregação orgânica. Ao mesmo tempo o escritor retrata nesta obra singular a tristeza visceral, a falta de fé e o negativismo perante a vida e a convivência social. Vários poemas de Eu são considerados os mais inusitados da literatura, justamente por seu pessimismo nato e pelas palavras que traduzem a podridão absoluta da matéria, a desesperança extrema, o perecimento das idealizações românticas e a inevitabilidade da morte do corpo.
Análise da Obra Augusto dos Anjos assombrou a elite letrada do país com seus versos que não eram parnasianos, nem antecipavam o modernismo. Eram apenas seus. E tamanha era a putrefação que seus versos representavam que, ainda hoje, ele é inclassificável em uma escola, e admirado como um poeta original.
Considerado pelo público e pela critica, habituados á elegância parnasiana, um livro de mau gosto, malcriado, alguns dos poemas de Eu são vistos como os mais