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Brasil: Um novo país de idosos
Brasil: Um novo país de idosos
A população com 60 ou mais anos de idade está crescendo, e eles vão demandar providências do poder público que o País talvez não esteja preparado para tomar.
Publicado em 21/06/12 às 14h15
Nos próximos oito anos, a parcela de idosos na população brasileira passará dos atuais 11% para 14,6%. Já em 2040, os indivíduos com 60 anos ou mais de idade representarão mais de 27% dos brasileiros. Em termos absolutos, o número de habitantes nessa faixa etária deixará o patamar atual de cerca de 21 milhões de pessoas, para beirar os 30 milhões em 2020, chegando a ultrapassar a marca dos 55 milhões de indivíduos em menos de três décadas. Tais projeções, elaboradas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), suscitam a questão: o Brasil está preparado para o envelhecimento de sua população?
Na avaliação de Solange Kanso, doutora em Saúde Pública pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pesquisadora da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, o País “está caminhando lentamente ainda. Temos muito a avançar. Segundo ela, o problema é mais grave porque o poder público brasileiro já está ciente do ritmo de envelhecimento da população há anos, e ainda são poucas as políticas públicas efetivas para se garantir a qualidade de vida das pessoas a partir de 60 anos de idade, hoje e no futuro próximo. “Esse crescimento da população de idosos já está sendo indicado há muito tempo pelos demógrafos. A gente deveria pensar em políticas para a saúde ocupacional, políticas para a previdência, pensar em como vamos lidar com esse grande número de pessoas que vão se aposentar”, diz.
A posição de Kanso é corroborada pelo secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim. “Ainda não estamos prontos, diz, salientando que “as pessoas estão vivendo mais, mas a gente tem de prolongar a qualidade de vida para que elas possam