Eu sou o cara
Não se tem registro exato de quando surgiu o Origami, mas acredita-se ter sido um costume religioso de épocas antigas, quando as divindades, representadas em papel, decoravam os templos.A prática do Origami favorece a concentração, destreza manual e paciência, além da satisfação pessoal de poder criar formas apenas com um pedaço de papel.
O papel foi inventado pelos chineses por volta do ano 105, e suas técnicas de fabricação foram mantidas em segredo por séculos, pois a exportação desse material gerava altos lucros. No século VII, monges coreanos levaram a técnica para o Japão e, um século depois, os árabes obtiveram este segredo. Somente por volta do século XII a Europa veio a conhecer o processo, que dois séculos mais tarde já se espalhava por todos os reinos cristãos.
Embora essa arte tivesse origem na China, a partir do manuseio do papel, foi no Japão que converteu-se numa prática comum. No início, estava presente nas cerimônias religiosas, envolvendo as oferendas que se faziam nos templos xintoístas, com a função de separar o puro do impuro. Esses envoltórios, cada vez mais elaborados e atraentes fizeram que o origami de um meio passasse a ser um fim. Desse modo, as dobraduras foram sendo apresentadas de diversas maneiras, seguindo determinadas regras básicas, respeitadas por todos que dobravam.
Junto com a imigração japonesa veio a técnica de se fazer o origami. Quando os japoneses imigraram para o Brasil, trouxeram com eles vários costumes japoneses que aqui procuraram preservar, entre eles, o Origami. Um destes imigrantes, chamado Takao Kamikawa, chegou com a família no ano 9 da era Showa para trabalhar nas fazendas de café. Dizem que ele costumava aos domingos reunir as crianças na Fazenda Barracão na cidade de Bauru e com pedaços de jornais que ele ajuntava e cortava em quadrados, entretia a criançada com figuras