Eu sou a Lenda e sua filosofia
O filme “Eu sou a Lenda” não é só mais uma historia de zumbis, na verdade nele existe uma forte influência do campo filosófico. Ele aborda três relações do homem: como o homem se comporta no meio de algo desconhecido; como o ser humano é dependente de outro ser humano; e a diferença entre instinto e razão.
No ano de 2009, uma cientista descobre uma suposta cura para o câncer, mas o resultado não sai como o esperado. Os humanos que passaram pelo tratamento para a “cura” sofreram uma mutação e se transformaram em mortos vivos, onde no filme são denominados de vampiros, pois se escondem na escuridão devido à sensibilidade a luz solar.
Os infectados perdem a razão, ou seja, perdem a sua inteligência, a cultura e sua fala. E deixam seu instinto falar mais alto, e assim acabam se alimentando de outros seres humanos, iguais aos animais.
Rapidamente a população na terra vai se dizimando, e a dos vampiros aumentando. Deixando apenas alguns homens como sobreviventes, num mundo destruído e sem esperança. Um desses homens se chama Neville, um virologista militar que perde sua mulher e sua filha em uma tentativa de evacuação da cidade de Manhattan, em Nova York.
O filme se situa três anos após a pandemia, e rapidamente mostra a vida de Neville. Como os vampiros não saem na luz do dia, ele procura por mantimentos e por sobreviventes, junto com a sua cadela Samantha. E aos poucos vai mostrando como ele sobrevive no meio de uma tragédia e como isso o afeta psicologicamente.
Podemos dizer que o conflito de Neville com os vampiros é uma metáfora do homem diante das catástrofes, ou seja, o homem diante daquilo que não conhece e, portanto, não pode controlar. Sinaliza a sua fragilidade diante de fenômenos que podem ser imprevisíveis e fatais.
Uma das cenas mais fortes do filme mostra Neville conversando com manequins que ele mesmo espalhou pela cidade para não se sentir sozinho. “O Homem não é uma ilha”, ou seja, o ser humano precisa conviver em sociedade,