Eu no mundo com os outros: uma perspectiva de diálogo e de ação comunicativa p.13-36
É importante considerar que é a partir do reconhecimento de nossas peculiaridades que passamos a nos constituir humanos universais, de modo a compreender também as outras pessoas e suas historias. Sem isso, corremos o risco de nos tornar indivíduos inseguros nas relações com o mundo, abrindo espaço para as relações de poder passiva ou ativa.
Na Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire destaca muito bem a importância do dialogo na pratica de liberdade e educação, de modo a extinguir as relações de poder e dominação nas salas de aula ou quaisquer outros espaços destinados a pratica educacional. Tão logo, destaca alguns elementos importantes para estabelecer um bom dialogo: amor ao mundo e aos homens; humildade; fé nos homens e mulheres; confiança; esperança e pensar verdadeiro.
Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero. Se o dialogo é o encontro dos homens para ser mais, não pode fazer-se na desesperança. Se os sujeitos do dialogo nada esperam do seu quefazer, já não pode haver dialogo (FREIRE, 2005, p.95).
Freire apresenta estes elementos que são essenciais para desenvolver o dialogo e uma verdadeira comunicação, visando uma relação reflexão-açao-reflexão e uma pratica educativa compromissada; com uma relação dialógica que se funda no ato de ensinar e se completa no ato de aprender.
É importante salientar que o aluno não pode ser visto como um deposito de conhecimentos que outras pessoas despejam muitas vezes com má vontade;
como se os alunos fossem recipientes vazios, além de tudo, é indispensável pensar que o professor saiba dosar o rigor e a autoridade durante as aulas, bem como os alunos também devem se policiar no tocante a responsabilidade e comprometimento.
Desse modo, podemos