Etologia
Do grego ἦθος ethos, "hábito" ou "costumeiro" e -λογία -logia, "estudo", a etologia é uma área do conhecimento que estuda o comportamento animal, como o também o humano sob uma perspectiva biológica. Fundada na década de 30, por Konrad Lorenz e Niko Tinbergen, tem o ambiente natural como local escolhido para as observações do comportamento das espécies, servindo-se dos pressupostos da Teoria da Evolução.
O enfoque central da etologia ao comportamento ou a fenômenos psicológicos é o biológico, como confirma Carvalho (1989) ao afirmar que: a característica central do enfoque etológico, aquela que a define, é conceber o comportamento como produto e instrumento do processo de evolução através da seleção natural. O etólogo parte do pressuposto de que o comportamento e a organização psicológica de que qualquer espécie, tal como seus órgãos, são resultados das pressões de seleção natural. (p. 84)
A etologia humana permite descobrir linguagens não verbais comuns aos seres humanos, os etólogos fazem pesquisam comparativas desses comportamentos a fim de descobrir quais deles podem ser universais e quais deles são específicos a determinadas espécies e aqueles que podem ser modificados pela cultura.
A partir dessas observações o etólogo se questiona, ele indaga que se existe um evento comportamental, deve ser em função de uma causa biológica e ao observá-lo no ambiente natural é possível estimar a importância ecológica do comportamento, perceber as causas dele e sobre os fatores que implicam para a sua ocorrência.
Sobre as contribuições da etologia para o estudo do comportamento humano, Carvalho (1989) aponta que ela tem contribuído para a recuperação da noção de homem como um ser bio-psico-social, diferentemente de a concepção insular do homem que dominou as ciências humanas na primeira metade do século XX, que concebe o homem destacado da natureza e coloca-o em posição de oposição a esta.
Percebe-se, que apesar de ser uma área de