Etologia é a ciência que estuda o comportamento animal, ou seja, as reações do animal ao ambiente que o cerca, ou a alterações internas (metabólicas), objetivando o equilíbrio, também conhecida como homeostase. Para auxiliar este estudo a biologia molecular vem sendo muito utilizada, pois trata-se de uma ferramenta indispensável para avaliação da relação evolutiva entre grupos de organismos, a filogenia. O estudo da evolução do comportamento é tão antigo quanto o próprio darwinismo, tendo seu criador Charles Darwin, enfrentado muitos problemas ao lançar livros como “A descendência do homem” e “A expressão das emoções no homem e nos animais”. Na década de 1930, Konrad Lorenz, Karl von Frisch e Niko Tinbergen fundam a Etologia, em que cada espécie é dotada de seu repertorio de padrões comportamentais, como da sua particularidade anatômica, e cabe aos etólologos estudarem estes padrões de comportamentos específicos de cada espécies. Em 1963 Tinbergen propôs um método para este estudo onde deve-se observar e descrever o comportamento, e posteriormente analisa-lo com base nas análises causal, ontogenética, filogenética e funcional, que relacionam estímulos externos, mecanismos motivacionais externos, o tempo no processo de diferenciação e desenvolvimento de um indivíduo jovem, a história no curso de evolução da espécie, e a relação entre o comportamento e as mudanças do ambiente ou do próprio ser vivo. O uso de conceitos desenvolvidos no contexto de comportamento animal para análise do comportamento humano é ilustrado por diversos trabalhos: Tinbergen em 1977, propõe uma análise baseada no modelo etológico de conflito para compreensão do autismo infantil. Hinde em1972, referiu-se à possibilidade de utilizar resultados obtidos com comportamento animal para aprofundar o conhecimento sobre o ser humano, exemplo, estudos de isolamento social e separação mãe e filho em primatas não-humanos, que enriqueceram a compreensão do desenvolvimento sócio afetivo em crianças.