Etnografia upp no borel
UNIDADE DE PODER PARALELO E UNIDADE DE POLÍCIA
PACIFICADORA NO BOREL
Ciclos de Dependência de Uma Comunidade
RIO DE JANEIRO
2011
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
IFCH – Departamento de História
Etnografia
Introdução à Antropologia
Professora Paula Lacerda
Ana Carolina Monay
Bruna Stutz Klem
Guilherme Ferreira Mariano Praça
Juliana Timbó Martins
Priscila Pereira de Andrade
Yan Orge Fernandes Barbosa
RIO DE JANEIRO
2011
INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará as relações existentes entre uma comunidade outrora dominada pela facção criminosa Comando Vermelho, a visão e opinião de moradores sobre a relação com os traficantes da facção e também com a polícia. Temos como objetivo apresentar, por meio de uma etnografia, a realidade dos moradores do morro do Borel, no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, uma comunidade antes dominada pelo crime organizado e agora pacificada com a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora – UPP, comandada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Mostramos as disparidades existentes entre o modo de vida dos moradores durante o domínio da facção e atualmente, após a pacificação, analisando prós e contras, a partir de um trabalho de campo realizado no dia 17 de junho de 2011, quando foram, então, entrevistados (ver questionário no Anexo 1) cinco moradores entre os 45 e 80 anos de idade, com exceção de uma entrevistada de 19 anos, única a apresentar escolaridade completa.
Visando melhor entendimento, abrimos o trabalho com uma breve introdução à história da facção Comando Vermelho e o antigo relacionamento dos moradores com os traficantes que ali viviam e mandavam. A escolha do tema foi unanime pelo grupo, o fato de uma das integrantes morar na comunidade do Borel também contribuiu para que a escolha do tema pudesse ser aceito por todos, uma vez que facilitaria bastante o nosso trabalho de campo e ainda poderíamos ter seu ponto de