Etnografia Método
Escolhemos fotografar uma moradora de rua no centro da cidade de Amélia Rodrigues - BA, localizada aproximadamente á 89 km da cidade de Salvador (capital).
Ao fundo um terreno que a três meses encontra-se um bar em que a mesma frequentava e passava a maior parte do dia, o bar foi demolido para construção de mini galerias.
Descrição
Sentada ao chão, aparentemente embriagada, suja, roupas rasgadas, desnutrida, carregando sacos, não olhou nos olhos enquanto as fotos foram tiradas, gosta de usar salto alto, assemelha-se com etnia indígena, mantém os cabelos curtos e permite aproximação, mas não gosta de falar sobre aspectos religiosos, gosta de passar cremes no corpo, se divide em momentos de extrema higiene e cuidados com o corpo e desleixo, acreditando que os momentos mais relaxados seja por que está sobre uso de drogas ou bebidas alcóolicas.
Sem presença familiar, assistência dos órgãos públicos, afeto, e nome próprio (muitos nomes são associados a esta moradora), adotou um apelido e assumiu essa nova identidade. Depende da boa vontade das pessoas, e é assim que consegue se alimentar, a população da cidade tentou inúmeras vezes ajudar a moradora a sair dessas condições, mas a mesma não demonstra interesse e conseguiu fugir das antigas internações.
Lúcida na maioria das vezes pode parecer às pessoas que não a conhecem que sofre violência física e moral, porem os moradores acostumaram-se e convive com a moradora sem nenhum problema maior. Existem relatos de roubo em lojas mais não houve denúncias. Constata as características dessa moradora, uma vivência com a exclusão e abandono, passou ter a rua como sua residência.
É um ser humano que se tornou membro de um determinado grupo social, aprendendo suas normas e regras de relacionamentos. Devido a situações vividas e por indicar o modo de vida ali desenvolvido, está inserida de forma escusa da sociedade.