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650 palavras
3 páginas
Introdução José Carlos Reis inicia seu livro tecendo comentários sobre o século XIX, o qual foi marcado, na atmosfera intelectual, pelo Cientificismo[1]. As ciências estavam embebedadas pelas idéias de Darwin e pela herança científica do passado. Razão, Método, Objetividade e Imparcialidade eram as bandeiras de tal época. Essa maré científica inundou a História, que até então era reduto de filósofos metafísicos[2]. Como estes davam mais ênfase ao geral (humanidade) e eram especulativos e idealísticos, beirando ao misticismo, logo entraram em choque com a mentalidade de tal época. A história decidiu-se pela ciência, abandonando a filosofia. Essa decisão tinha uma série de implicações; rejeita a qualquer a priorismo, valorização da pesquisa, fortalecimento de um método empírico, delimitação de um objeto próprio e ênfase ao singular. A história agora pretendia ser científica. Nesse percurso para fazem da história uma ciência, surgem três grandes escolas; Metódica (dita positivista), Marxista e Annales. Todas estas possuíam em comum a crença na cientificidade de Clio e a recusa categórica a filosofia da história, pois esta era a-histórica, especulativa e metafísica. O autor, porém, afirma que mesmo tentando romper com a filosofia da história, tais escolas estavam carregadas, sem saber e sem confessar, de pressupostos filosóficos, sobretudo as duas primeiras. Assim, caminhando para os braços da Mãe-Ciência, a historia carregava no seu calcanhar a filosofia da história. Advém daí o titulo do livro. O autor pretende analisar essas três escolas históricas, mostrando como a filosofia esteve em suas entranhas. A escola Metódica, dita “positivista”[3]O autor pretender mostrar as principiais características desta escola bem como sua ligação com a filosofia da história, ainda que tal escola tenha postulado a recusa total da “história especulativa” [4]. O autor inicia tratando da escola metódica Alemã, mais precisamente de seu principal representante; L. V.