Etica
(COELHO, 1985, p. 7).
Edgar Morin afirma que a ética, numa visão de complexidade, caminha sempre na esperança ligada à desesperança. “Conserva a esperança quando tudo parece perdido” (MORIN, 2005, p. 198). A ética rejeita o “realismo trivial” que se adapta ao imediato. Rejeita também o “utopismo trivial”, que ignora os limites da realidade. Por isso, a ética complexa sempre enxerga “um possível ainda invisível no real” (Ibid., p. 198).
O ser humano que vive de esperança “sabe que o inesperado pode acontecer, e que, na história, o improvável aconteceu com mais frequência do que o provável [...] A esperança apega-se ao inesperado. ‘Se tu não buscares o inesperado, não encontrarás’, dizia Heráclito” (MORIN, 2005, p. 198).
Entretanto, Morin frisa que esperança não é certeza. Sempre inclui uma característica de aposta.
Dizer que se tem esperança é afirmar que existem muitas razões para se desesperar. Ignoramos os limites do possível, daí a justificação da esperança, mas sabemos que esses limites existem, de onde a confirmação da desesperança. A esperança do possível é gerada sobre o impossível
(MORIN, 2005, p. 199).
Após esse preâmbulo teórico, vamos mostrar, nos fatos, a dura realidade do trabalho e do trabalhador, como a utopia vai se realizando e como o futuro vai se fazendo presente em meio às dificuldades e contradições da sociedade atual.
4.2 A “Constituição Cidadã” – um grande passo para reformas no sistema capitalista brasileiro
Com o progressivo