etica
Os burocratas do nível de rua são os funcionários públicos que se caracterizam por estarem alocados nas pontas dos serviços públicos, em contato direto e constante com os cidadãos. Nesse caso específico, se encontram os policiais e demais funcionários do sistema carcerário. Esses burocratas são muito importantes para a compreensão da realidade das políticas públicas atualmente, pois lidam diariamente com as políticas públicas em seu nível operacional e também com os conflitos decorrentes dessas interações. Eles estão entre o aspecto formal da política, o que ela se propõe, e seus resultados finais.
Esses burocratas atuam com certa independência dessa estrutura. Um elemento dessa independência é o poder que lhe foi concebido em tomar decisões, ou seja, o poder discricionário inerente a sua função na organização, e o impacto potencial de suas decisões para os cidadãos com que lida é significativo.
A grande responsabilidade do trabalho desses burocratas é transmitir os esforços de uma política de governo para com os cidadãos, isto é, mediando aspectos do relacionamento entre cidadãos e Estado e, de certa forma, mostrando aos cidadãos por meio de seu trabalho “do que se trata a política pública”, e mais do que isso “como estará atuando o governo” em determinada função pública, seja ela relacionada ao controle social ou à promoção de bem-estar social.
O problema central desses funcionários são as cobranças tanto da organização pela qual trabalham, uma vez que estão no último nível de implementação das políticas e carregam grandes responsabilidades sobre o sucesso dessas políticas públicas. Por outro lado, são pressionados pelos cidadãos alvo dessas políticas, uma vez que representam uma das principais interfaces do Estado para os cidadãos. Resumidamente, pelas palavras de Lipsky, a burocracia do