etica
16.5 QUESTÕES AMBIENTAIS EMERGENTES E URGENTES
Arrolar todos os problemas ambientais enfrentados pelo Brasil neste início de século XXI transformaria este livro num tratado que poderia receber o titulo “Catástrofes”. Tantas são as agressões premeditadas, continuas e cruelmente perpetradas contra a natureza.
Apenas para propiciar a reflexão e para motivar o leitor a se empenhar em algum projeto de restauração de consciência ética e ambiental, alinhem- se algumas das questões mais cruciais. Inicie-se pela incapacidade governamental de pensar na diversificação da matriz energética.
O Brasil tem a sua energia prioritariamente produzida por hidrelétricas, método em si ecológico, mas cujo excesso pode ser contraproducente. Acabar com vastas áreas ecologicamente preserváveis como nicho de biodiversidade para obter mais energia pode ser a opção correta para o momento. Mas míope a ate insensata para o futuro. Não se pode condenar a minoria que se opõe a megaprojetos como a Usina Belo Monte, considerado o custo benefício de sua construção.
A energia térmica não precisa ser tangida de carvão vegetal, pois importa a redução ainda mais drástica do que sobrou de verde. A energia nuclear é uma opção perigosa e que foi abandonada pelos países que colheram amargos frutos por essa escolha. A última nação a relegar essa modalidade foi o Japão, depois do tsunami que trouxe perigo evidente ante o abalo nas Usinas de Fukushima.
Por que não explorar melhor a energia eólica, num país de tantos ventos? Ou aquela produzida pelo sol? Ou pelas marés? O aproveitamento do gás metano expelido pelo gado é inviável? E a queima de bagaço de cana de açúcar? A segurança de um país no futuro será avaliada também pela variedade de sua matriz energética. O Brasil parece não se dar conta disso.
O aquecimento global é outra vertente da qual o Brasil se descuida. Muita gente não