ETICA NA AVALIACAO PSICOLOGICA
O atual código de ética dos psicólogos (CFP, 2005), recém-promulgado, representa, no conjunto, um importante avanço sobre o anterior.
Devemos entender que o termo avaliação psicológica é usado para descrever um conjunto de procedimentos que tem por objetivo coletar dados para testar hipóteses clinicas, produzir diagnósticos, descrever o funcionamento de indivíduos ou grupos e fazer predições sobre comportamentos ou desempenho em situações especificas.
Há 3 princípios éticos fundamentais que guiam e são adotados na avaliação ética da pesquisa com seres humanos. Esses princípios denominados respeito, beneficência e justiça foram articulados pelo Belmont Report (1979).
O principio da beneficência envolve a maximização dos benefícios possíveis e a minimização de danos.
A avaliação psicológica deve beneficiar a quem a ela é submetida, seja diagnosticando um problema, descrevendo com precisão uma situação, encaminhando para intervenção apropriada.
A pesquisa psicológica é divulgada amplamente pela imprensa e usada para definir programas sociais. Em ambos os casos resultados espúrios, decorrentes de procedimentos inadequados de coleta e análise de dados, ou de conclusões e generalizações indevidas, podem trazer prejuízos sérios.
O psicólogo deve ter clareza sobre o que está fazendo, deve ponderar se os benefícios para os indivíduos são maiores do que os danos que podem ser causados por uma avaliação imprecisa ou incorreta.
O principio de respeito reflete uma posição moral de que os participantes da pesquisa sejam tratados como pessoas autônomas.
As pessoas mais vulneráveis, que tem sua autonomia reduzida, devem ter seus direitos protegidos.
É necessário que os participantes sejam informados em linguagem inteligível sobre a justificativa, objetivos e procedimentos da pesquisa, desconforto ou riscos previsíveis.
Atualmente há um razoável consenso de que os indivíduos tem o direito de conhecer os resultados de suas avaliações e suas