Avaliação psicológica para cnh exige ética

Avaliação psicológica para CNH exige ética

Ação inédita procura traçar um perfil do profissional e descobrir quais são os testes mais usados na avaliação psicológica para condutores de automóveis.
Estudos mostram que a cada ano morrem, no Brasil, 42 mil pessoas vítimas de acidentes de trânsito, 90% dos quais provocados por falha humana. Esse número de proporções épicas provoca a pergunta se o motorista brasileiro estaria realmente habilitado para dirigir um veículo que mal conduzido pode representar um risco de morte nas ruas e estradas. E ao psicólogo perito de trânsito cabe a responsabilidade profissional e ética de triar quem está em condições psicológicas de receber a Carteira Nacional de Habilitação.

A Psicologia brigou por esse direito. Há quase dez anos, o Conselho Federal de Psicologia interveio para que fosse derrubado o veto do Presidente da República à obrigatoriedade da realização dos testes psicológicos para os candidatos à CNH. A partir daí, deu-se continuidade à responsabilidade dos Conselhos de Psicologia quanto à fiscalização da avaliação psicológica realizada nas clínicas credenciadas pelos Detrans.

Segundo a psicóloga Andréa Nascimento, conselheira suplente pela região Sudeste e coordenadora da Comissão de Psicologia do Trânsito do CFP, a Psicologia propôs outra forma de olhar a questão do trânsito, para além dos testes psicológicos, enfocando não apenas o condutor, mas tudo aquilo que participa do sistema trânsito: os pedestres, ciclistas, motociclistas, crianças, jovens, adultos, idosos, deficientes físicos, animais e meio ambiente. Devido a esse olhar, envolveu-se a questão da educação, da saúde pública, da cidadania, da segurança viária, da prevenção envolvendo a mobilidade humana.

Ana Paula Jardim, conselheira do CRP SP e coordenadora da subsede de Ribeirão Preto, observa que o profissional, que aplica a avaliação psicológica nos candidatos, precisa ter uma conduta ética muito rígida. “O psicólogo é obrigado a seguir o padrão