1. INTRODUÇÃO Em meados do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu o início da Revolução Verde (RV), vinda com um acréscimo de estudos científicos e tecnológicos no intuito de aumentar a produção mundial de alimentos. Surgira a inovação de novas práticas agrícolas plantio e colheita mecanizada, intensa utilização de insumos agrícolas a fim de aumentar a produtividade do solo e redução de pragas e doenças, a utilização intensiva do solo e a mínima preocupação com os recursos naturais, podem se descrever como “pacotes tecnológicos” destinados a países em desenvolvimento com a finalidade de reduzir a fome mundial. Houve um aumento significativo na produção de alimentos, porém, a fome no mundo não reduziu devido à produção de alimentos direcionada a países desenvolvidos. Com o passar do tempo, a utilização intensa da área destinada para plantio, o solo vai se tornando cada vez mais improdutivo, o que obriga ao produtor a adquirir cada vez mais insumos (adubos e agrotóxicos) químicos para tornar produtivo se submetendo cada vez mais à utilização desses insumos. De acordo com MULLER (2001) o boom da RV ocorreu mais precisamente a partir da década de 60, incentivando o aumento na produção e na produtividade agrícola. Essa tarefa foi condicionada as seguintes ações: uso intenso de variedades com alto rendimento melhoradas geneticamente, adubos químicos, agrotóxicos, irrigação e mecanização. Com isto, algumas culturas, principalmente aquelas destinadas à exportação apresentaram um aumento considerável em sua produtividade. A produção restrita de alimentos agrícolas em larga escala tem sido uma prática constante do homem ao longo de sua história, porém tem tido um custo ambiental elevado, comprometendo a sustentabilidade dos ecossistemas agrícolas. O avanço tecnológico nas atividades agrícolas sem a preocupação ambiental pode trazer problemas relacionados às erosões do solo, à poluição das águas, do solo, do ar e à