estética do engenheiro
“Estética do engenheiro, arquitetura, duas coisas solidárias, consecutivas, uma em pleno florescimento, a outra em penosa regressão.”
“Os engenheiros constroem os instrumentos de seu tempo. Tudo, salvo as casas e as alcovas apodrecidas.”
“Os arquitetos são desencantados e desocupados, faladores ou lúgubres. É que em breve não terão mais nada a fazer. Não temos mais dinheiro para construir monumentos históricos.”
“O engenheiro, inspirado pela lei de economia e conduzido pelo cálculo, nos põe em acordo com as leis do universo. Atinge a harmonia.
O arquiteto, ordenando formas, realiza uma ordem que é pura criação de seu espírito; pelas formas, afeta intensamente nossos sentidos, provocando emoções plásticas; pelas relações que cria, desperta em nós ressonâncias profundas, nos dá a medida de uma ordem que sentimos acordar com a ordem do mundo, determina movimentos diversos de nosso espírito e de nossos sentimentos; sentimos então a beleza.”
“Os engenheiros fazem arquitetura porque empregam um cálculo saído das leis da natureza e suas obras nos fazem sentir a HARMONIA. Existe então uma estética do engenheiro, pois é preciso, ao calcular, qualificar certos termos da equação, e aí é o gosto que intervém. Ora, quando se maneja o cálculo estamos num estado de espírito, o gosto segue caminhos seguros.”
“Finalmente é agradável falar ARQUITETURA depois de tantos silos, fábricas, máquinas e arranhas-céus. A arquitetura é um fato de arte, um fenômeno de emoção, fora das questões de construção, além delas. A contrução é PARA SUSTENTAR; a arquitetura é PARA EMOCIONAR. A emoção arquitetural, existe quando a obra soa em você ao diapasão de um universo cuja as leis sofremos, reconhecemos e admiramos. Quando são atingidas certas relações, somos apreendidos pela obra. Arquitetura consiste em “relações”, é “pura criação do espiríto.”.
OS TRAÇADOS REGULADORES
No nascimento fatal da arquitetura.
A obrigação da ordem. O traçado