Maria Lúcia de Oliveira em seu texto “Escola não é lugar de brincar?” aborda a valorização do humor e da ludicidade no ambiente escolar, onde faz uma alusão ao tempo para explicar esse tema tão recorrente em questão de educação. Na antiguidade o humor e o divertimento são essenciais na educação do ser humano, valorizavam o brincar na educação pois acreditam que era a alavanca para a evolução do indivíduo. Nesse contexto, Oliveira enfatizava a valorização do humor e da alegria entre o povo grego. Para eles o principal recurso educativo é o reconhecimento e o respeito à expressividade e a criatividade da criança, acreditavam que o brincar e o educar são elementos indissociáveis, por isso, a valorização da capacidade de inventar, fantasiar, simbolizar, pois assim, a criança adquiriria sua autonomia e personalidade. Falando-se em personalidade Oliveira a credita que um princípio importante na educação grega é a exigência de um educador que fosse um exemplo, pois os gregos defendiam a ideia de que a aprendizagem primeira vem da observação do outro, aquele outro adulto que serve de modelo para a criança adquirir sua personalidade e encontrar seu lugar no mundo. “O educador devia então estar em condições de representar o mundo para as crianças, assumindo responsabilidade por ele, descrevendo-o tal como ele é” (Oliveira, 2006, p.77). Educar na antiguidade era a arte de tornar o homem em um ser melhor, resgatando ou contribuindo em si a humanidade, o querer bem ao outro. No decorrer do tempo o ambiente educativo e suas funções vão se modificando. No período medieval a educação teve grande influência religiosa, onde os integrantes da igreja que estipulavam o que iria ser estudado, e ensino era para o aprimoramento espiritual e não era proposto às crianças. Nesse período a formação infantil não era prioridade, por isso não existia classe com idades e capacidade intelectual estabelecidas, o que começou a ser modificado a partir do século XV, onde o ambiente escolar