Estudo
CHALITA, Gabriel. A Sedução no Discurso: O poder da Linguagem nos Tribunais do
Júri. São Paulo: Saraiva, 2007.
RESENHA: PALAVRAS-CHAVES: Oratória Forense, Lingüística nos Tribunais do Júri,
Discurso e Sedução.
Cicleide Madureira* 1
Chalita, talentoso escritor, escreveu vários livros, dentre os quais destacamos A essência do Ser, Mulheres que mudaram o Mundo e O Poder, sucessos de público e crítica além de A sedução no Discurso do Tribunal do Júri, surpreendente obra, ora em análise. O autor faz jus aos seus títulos de Mestre em Direito, em Filosofia e Doutor em Semiótica A sedução no Discurso do Tribunal do Júri embora pertença ao ramo do Direito apresenta grande relevância também para a Comunicação, Semiótica entre outras áreas, pela maestria com que o autor aborda o tema. Por meio dos filmes norte-americanos Tempo de Matar,
Filadélfia, Questão de Honra e Assassinato em Primeiro GrauI, Challita mostrar como advogados e promotores se comportam num debate no tribunal do Júri para convencer os jurados das premissas que eles defendem, apresentando a sedução como componente histórico do Direito Penal. Ele ressalta que sedução, inteligência, retórica e outros atributos não são inatos, podem ser trabalhados e adquiridos por meio de métodos. Sua obra se propõe, portanto a analisar a linguagem segundo seu poder de ação sobre o pensamento do receptor, sobre o seu comportamento, sobre sua capacidade de julgar, variando sua decodificação de acordo com o texto e o contexto.
A sedução no Discurso do Tribunal do Júri é dividida em sete capítulos que se completam para provar a importância da sedução na busca da verdade no Tribunal do Júri. No primeiro capítulo, em cujo título há um trocadilho, o autor discorre sobre o direito de seduzir e a sedução no direito alertando para o lado humano do ofício e ressaltando que embora o
Código de Ética dos Advogados expresse que estes não devem ter paixões nem preconceitos,
devendo