estudo sobre a porta aberta
As artimanhas do Tédio – Brook diz-nos o óbivio tão difícil de materializar: que não será suficiente, para quem quiser revitalizar a cena, o retorno à UTOPIA da origem sagrada do teatro. Cada nova criação propõe, antes de mais nada, O tríplice da comunicação do artista consigo mesmo, com os seus companheiros de trabalho e com uma platéia desconhecida que só é possível auscultar permanecendo atento aos delicados sinais de atenção ou aborrecimento.
Brook afirma que, certa vez, que o teatro começa quando duas pessoas se encontram. Se uma pessoa fica de PE e a outra o observa, já é um começo. Para um bom desenvolvimento é necessária a terceira pessoa, a fim de que haja um confronto. E então a vida se instaura, podendo chegar muito longe – mas aqueles três elementos são essenciais.
Ele diz que a ator tem que ter um ouvido voltado para seu interior e outro para fora. É o que deveria fazer todo o ator de verdade: estar em dois mundos ao mesmo tempo.
''teatro
É um pequeno livro, com pouco mais de cem páginas. Chamo-lhe, de forma pomposa, a minha bíblia. Leio as suas páginas, aprendendo sempre algo de novo, antes de iniciar cada montagem teatral nova. Antes de cada desafio. Se lermos o que Peter Brook nos diz na página 4 desta obra magnífica - «Para que alguma coisa relevante ocorra, é preciso criar um espaço vazio. (...) Mas nenhuma experiência nova e original é possível se não houver um espaço puro, virgem, pronto para recebê-la» - percebe-se perfeitamente porque tenho que lá ir beber. Vou lá, para me esvaziar.
«A Porta Aberta», de Peter Brook é o retrato revelador do genial dramaturgo inglês e apresenta aos leitores uma visão inédita desse artista enquanto trabalha: como escolhe as peças que dirige, como consegue extrair actuações extraordinárias dos seus actores e o que busca obter através daquilo que acredita ser a melhor metáfora para a vida - o teatro.
O livro divide-se em três textos, quase conferências. No primeiro, «As